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terça-feira, 21 de agosto de 2007

 

Alexandre O'Neill




(19/12/1924 - 21/08/1986)



Poeta inconformista, na sua escrita mistura-se a ironia, o humor e a nota assumidamente lírica, a escapar para o irreal e para o sonho.

As suas palavras satirizavam o marasmo em que o País se encontrava. Alexandre O’Neill fundou, em 1948, com Mário Cesariny, o movimento surrealista de Lisboa. Colaborou em várias actividades contra a ditadura, chegando a ser preso pela PIDE. Politicamente, era um homem de esquerda, embora fosse um apoiante crítico. Com olhar afiado, revelava uma ironia devastadora. Trabalhou em publicidade, criando frases famosas como “Há mar e mar, há ir e voltar”. A sua obra foi publicada em Portugal e na Itália.

Em Setembro de 1985, numa entrevista ao Expresso, O’Neill diz-se já "meio morto". Está proibido de beber mais de um copo por refeição, recusa todos os convites para festas, diz ter apenas "um ou dois amigos" e reconhece sentir necessidade de ir ao barbeiro da esquina, só para ter alguém com quem conversar. Menos de um ano após a entrevista, e com apenas 61 de idade, O’Neill morre na sequência de um acidente vascular cerebral, no Hospital Egas Moniz, onde estivera internado vários meses, sem escrever e quase sem receber visitas. “Fiz do corpo alavanca sem pensar no futuro”, admitiu cerca de um ano antes de morrer.

Faz hoje vinte e um anos que este grande poeta nos deixou.


.: Carlos do Carmo :: Gaivota :.


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terça-feira, agosto 21, 2007