Em memória de um soldado
Hoje, dia 23 de Abril, data da criação oficial do tenebroso Campo de Concentração do Tarrafal (Campo da Morte Lenta), em 1936, lembrei-me das palavras de João Faria Borda, em 1978.
«Falar do Tarrafal ou de outras prisões fascistas não deve ser uma simples evocação daquilo que por lá passámos. Ao falar do Tarrafal e das outras prisões importa, em primeiro lugar, saber que elas existiram porque existiu o fascismo. Elas são uma consequência directa do regime de terror que durante 48 anos massacrou o nosso povo e colocou o nosso país na cauda das nações civilizadas.»
«Eu e todos os ex-presos do Tarrafal sentimos profunda indignação quando deparamos com a data gloriosa do 25 de Abril a sofrer os maiores insultos.»
Estas palavras são de João Faria Borda (já falecido), um homem que passou dezasseis anos e três meses no Campo de Concentração do Tarrafal.
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Colocado por delta
segunda-feira, abril 23, 2007